O Supremo Tribunal Federal deverá permitir a interrupção de gestações de fetos com anencefalia. No entanto, os ministros deverão impor algumas precauções para garantir que, antes do procedimento, fique certificado que de fato se trata de um feto com a anomalia. Entre as precauções estaria submeter a paciente à avaliação de uma junta médica, e não apenas ao diagnóstico do seu médico particular. Segundo os ministros, a providência afastaria o risco de fetos sadios serem retirados do útero de suas mães sob a alegação falsa de que seriam anencéfalos. Hoje, as mulheres que esperam fetos com anencefalia e não querem levar a gravidez adiante têm de pedir autorização judicial para se submeter à interrupção da gestação. Muitas vezes, contudo, a autorização só sai quando o parto já foi realizado.

"O Estado de S. Paulo (SP), Mariângela Gallucci e Simone Iwasso; O Globo (RJ); Jornal de Brasília (DF); Folha de S. Paulo (SP), Andréa Michael e Ângela Pinho; Folha de Londrina (PR); A Notícia (SC); A Gazeta (MT); O Tempo (MG) - 26/08/2008"